Glória Reis
Este é um dos poucos espaços que defendem as crianças e adolescentes vítimas de maus tratos, torturas, humilhações, gritos, xingamentos, omissão de socorro e tudo de ruim que pode lhes ocorrer na escola, principalmente a pública, essa terra "de ninguém", reduto da ilegalidade e do autoritarismo de adultos mal crescidos e mal amados. Como a professora Glória, nós também não vemos luz no fim do túnel. O aluno que na semana passada salvamos de expulsão por motivo fútil, e que além disso foi chamado de "moleque de merda" por uma figura que não merece o salário que recebe, está sofrendo perseguições e represálias dentro da escola. A sorte é que ele só tem mais um semestre para terminar o Ensino Médio, caso contrário sofreria durante anos as consequências de um processo administrativo orquestrado por cupinchas dessas figuras que tentaram - e ainda tentam - empurrá-lo para fora da escola.
De vez em quando, este blog convida os sociólogos deste país a fazer um estudo das condições em que se encontra o aluno da rede pública de ensino, objeto de descaso em todos os sentidos, desde o aspecto pedagógico até o tratamento que recebe como ser humano. Mas os sociólogos do Brasil estão ocupados em promover e defender o profissional da "educação", seja ele compromissado ou não, idôneo ou não, competente ou absolutamente incompetente. Talvez porque os sociólogos sejam, eles também, profissionais do ensino e portanto corporativistas acima de tudo. O que se ouve pedir, em todos os cantos do país, é "aumento de salário para os profissionais da educação", seja ou não merecido, seja ou não solução para os graves problemas educacionais que assolam o país. Tudo isso é uma cortina de fumaça para camuflar a real condição do aluno da rede pública, tolhido em sua necessidade de aprender e de ser respeitado como ser humano.
A grande questão é: por que o Brasil precisou criar o Estatuto da Criança e do Adolescente? E por que, vinte anos após sua implantação, ele é desprezado dentro da escola justamente por aqueles que o deveriam observar, sendo chamado de Ééééca? Senhores sociólogos, quem se habilita?...
Comentários
Otto
Na gestão Chalita, ele o bonitinho mas ordinário disse uma vez que recebia 2.000 denúncias de violência contra aluno por mes
fou um auê. Os jornais queriam saber mais. Nós queríamos saber o que ele fazia com tantas denúncias. Ele nunca respondeu nem para imprensa e nem para nós e essa declaração dele caiu no esquecimento
Quem pode ousar criticar professores santos, maravilhosos, sem defeito e nem pecado só pode ser louco.
Caso para psiquiatria e psicologo