O macaco tá certo!


Deu no blog da Cremilda, http://cremilda.blig.ig.com.br/

O governo de São Paulo vai pagar gratificação por "freqüência" e "atividade" aos aposentados das escolas públicas

Isso só acontece no Brasil, o país da piada pronta (segundo o Macaco Simão, da Folha de São Paulo).
O governador não recorreu da decisão do Tribunal de Justiça de SP que concedeu um mandado de segurança para que os professores aposentados recebam o "bônus" relativo ao ano de 2002...
(leia aqui: Governo vai pagar gratificação a 37 mil aposentados da Educação, Folha Online de 09/08/2007).

Essa é para todos os reles mortais aposentados perceberem a diferença entre o magistério e as restantes categorias: não basta professor ter aposentadoria integral precoce, ele agora também "faz jus" à gratificação por "freqüência e atividade".

Essa é para quem ainda não entendeu o motivo da falência da escola pública: ela está na mão de uma classe relapsa, que pode se dar ao luxo de continuar “enrolando”, pois nenhuma outra tem a força eleitoral do magistério. Parabéns, Sr. Governador: o Sr. acabou de mostrar fidelidade ao seu maior eleitorado! Fique certo de que as professoras, suas vizinhas, suas manicures e empregadas domésticas continuarão prestigiando V.Sa. nas urnas.

Comentários

Ricardo Rayol disse…
Coisa mais bizarra, não entendi, o cara é aposentado e recebe gratificação por frequencia? frequencia que vai sacar a apposentadoria?

Estou convidando para mais uma blogagem coletiva. No dia 13 vamos publicar nossa opinião sobre a CPMF. Maiores informações lá em casa ou no blog Mataador.
Giulia disse…
Pois é, Ricardo, essas gracinhas o governo faz há anos. Aliás, uns dos nossos questionamentos "desde sempre" é que as aposentadorias da educação somam com a percentagem mínima devida ao ensino. Veja bem: se a Constituição prevê uma percentagem mínima de investimento para "manutenção do ensino" (que varia conforme a constituição de cada estado ou município), você entende que os aposentados contribuem para a "manutenção" do ensino??? Pois é: nunca conseguimos "convencer" vereadores, deputados e muito menos o executivo que a percentagem aplicada na educação deveria ser líquida. E ainda por cima de vez em quando vem essas "piadas" de que o professor aposentado ganha bônus por freqüência...
Só aqui mesmo! Quem é que vai ter coragem de peitar a maior "classe eleitoral" do país?
Anônimo disse…
Com certeza o governo deve ter ficado com remorso devido a isto:

O PROFESSOR TEM PROFISSÃO INSALUBRE


ENFERMIDADES VOCAIS:

O professor tem como um dos principais instrumentos de trabalho sua voz. Este profissional está utilizando sua voz de forma abusiva e incorreta. Por causa das péssimas condições de trabalho (salas super-lotadas, jornada estafante, falta de reconhecimento e valorização), desenvolvem alterações importantes em suas laringes como nódulos, cistos, pólipos e edemas etc. podendo ter como conseqüência a disfonia (perda da voz) irreversível.



LER/DORT

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) abrigam diversas doenças como tendinite, tenossinovite, bursite entre outras e afetam milhares de profissionais. As inflamações dos tendões, músculos, nervos e ligamentos, de origens ocupacionais, que acometem principalmente os membros superiores, pescoço e região escapular, causam fadiga, perda de força muscular, inchaço e queda de performance no trabalho.

Com poucos recursos à sua disposição (mesmo pagando mensalmente pelo péssimo atendimento do IAMSPE), o cotidiano do professor passa necessariamente pela sala de aula onde, além da voz, este tem o giz (que causa alergias), a lousa e o apagador como instrumentos inseparáveis. Cabe observar que o professor precisa ter a sua postura correta, o tempo todo, em sala de aula. Aí estão os ingredientes principais para a aquisição de LER/DORT.



SÍNDROME DE BURNOUT

"Burnout", palavra inglesa que pode ser traduzida como "sair-se queimado", é o estágio depressivo que se encontra o profissional que não suporta a idéia de ter que enfrentar o posto de trabalho, deseja desistir, abandonar. Ir para a escola é um grande sofrimento.

Suas principais características são: exaustão física e emocional (contrastes entre tensão e tédio); diminuição da realização profissional no trabalho (competência, sucesso, esforços falhos, depressão); despersonalização (distanciamento, separação, coisificação, insensibilidade, cinismo); envolvimento (pessoas, proximidade, atenção diferenciada).

A pessoa estressada pode se recuperar depois de um período de férias, mas o portador de "burnout", não. A doença, que provoca esgotamento físico e mental, atinge profissionais que trabalham diretamente com pessoas, principalmente, na área da Educação, Segurança e Saúde. Porém, raramente, é diagnosticada como tal. Ou seja, sem o devido tratamento, o portador da síndrome não será curado.



O professor deve estar bem esclarecido de como ter posturas preventivas a estas doenças.

As doenças profissionais precisam ser corretamente diagnosticadas e tratadas. O professor precisa da APOSENTADORIA ESPECIAL.

O professor está sozinho (o sindicato não exige políticas efetivas do governo) e, por isso, precisa cobrar, dos governantes que elegem, as mudanças necessárias nas leis que o ajudem a realizar melhor o seu trabalho, que é tão importante para o crescimento da nação.