Leitor da Folha sugere!


O que você acha da sugestão deste leitor da Folha de São Paulo?

Todas as mágicas já foram tentadas para recuperar a educação pública brasileira. Todas em vão e cheias de demagogia. A solução definitiva seria uma simples lei.

Art. 1º
Todo titular de cargo eletivo -municipal, estadual ou federal- e toda autoridade nomeada para cargo comissionado em Secretaria de Educação -municipal ou estadual- ou no Ministério da Educação deverá ter seus filhos menores de 18 anos matriculados em escolas públicas.

Parágrafo único
A não observância dessa lei implicará demissão sumária ou cassação do mandato.

Art. 2º
Revogam-se as disposições em contrário.

ALVARO TADEU SILVA (São Paulo, SP)

Comentários

Anônimo disse…
Giulia,

Uma maravilha, mas infelizmente nem em 100 anos isso vira lei, não com a mentalidade dos nossos nobre deputados e vereadores que não estão nem aí com a escola pública. Nem o Dimenstein, que é uma pessoa esclarecida e bem intencionada, teve a coragem de colocar suas filhas na escola públca brasileira de São Pualo, como ele fez quando a família morava em NYC.
@David_Nobrega disse…
Eu até rascunhei um texto assim, onde incluía, lógico, que teriam que se utilizar de transporte público, hospitais do SUS e etc. Desisti porque não me veriam com bons olhos, esses meninos e meninas serelepes e faceiros de Brasilia...
Giulia disse…
A proposta do Álvaro é excelente. Ele só esqueceu de incluir os SINDICALISTAS DA EDUCAÇÃO!
Respondendo ao David: no ano de 1900 e bolinhas fomos para a Câmara Municipal reclamar da Comissão de Educação o estado miserável das escolas municipais. Os vereadores responderam que não poderiam fazer nada, pois era muito difícil cumprir seu papel fiscalizador!... (meninos levados, né, David?...) Daí sugerimos que eles colocassem seus filhos, sobrinhos e netos na escola pública. Eles responderam com uma sonora gargalhada!!! Pena que não havia imprensa presente para divulgar essa cena de "euforia" para a população... Aliás, a imprensa nunca está presente onde é necessário, e não adianta chamar!
@David_Nobrega disse…
Pode até chamar Giulia, mas a merdia só publica o que lhe for conveniente no momento.
Anônimo disse…
nossa, que coisa burra e autoritária. Numa democracia todos têm direito de escolher os serviços que achar melhor, sejam eles públicos ou privados.
Giulia disse…
Como disse no comentário à carta aberta ao ministro, estou voltando de uma maratona de trabalho que me impossibilitou acompanhar o andamento do blog durante vários dias. Imagino que o "anônimo" do comentário acima seja o mesmo que me acusou de partidarismo nos comentários à carta aberta. Caso "ele" não tenha lido, sugiro ir lá ver minha resposta.
Se "ele" achar que o Brasil é uma democracia, é um direito que lhe cabe. Mas talvez ele seja jovem demais e não tenha acompanhado a transição da ditadura para a "democracia" neste País. Pois eu vivi essa fase e estou vendo na cena política muitas das mesmas "caras" e múmias daquela época, cujo representante mais "expressivo" seja talvez o rouba-mas-faz Paulo Maluf.
Eu não acredito que a democracia esteja consolidada "nestepaizzz". Ainda estamos longe! O que vejo é uma oligarquia mandando e manipulando um povo ignorante (no bom sentido, não é palavrão!!!) e não politizado. A condição primeira para mudar o status quo é tirar a educação do marasmo em que se encontra há décadas, começando com a ALFABETIZAÇÃO, sem a qual a população não consegue ler uma notícia de jornal. Neste aspecto não prevejo mudanças a curto prazo.
A segunda condição é moralizar a classe política, o que depende da punição de todos os corruptos que já tiveram suas "obras" escancaradas pela mídia e pela polícia federal.
A terceira condição é criar uma nova classe política, ou seja, formar jovens conscientes de sua cidadania que queiram entrar na política pela porta da frente, o que implica em reestruturar os partidos, após eliminar a corrupção. Como querer que nossos filhos se interessem por política, se entrar em um partido hoje implica em perder a noção de ética que eles trazem de casa??? Digo isso, porque dois dos meus filhos foram freqüentar reuniões de partidos diferentes e saíram de lá completamente enojados. Para não falar da UNE, UBES e demais organizações estudantis, que estão nas mãos de partidos políticos há décadas.
O "anônimo" deve estar satisfeito com o status quo; eu não estou!
E está na cara que ele "pode escolher" os serviços que quiser, pois certamente é um daqueles formadores de opinião que pode se dar a esse luxo. Esse anônimo não tem noção de que 95% da população brasileira não tem escolha, ou então ele se lixa para isso (o que é mais provável).
Resumindo, caro anônimo: nesta democracia "à brasileira", 2% podem escolher os serviços que quiserem e 98% são obrigados a aceitar as migalhas que esses 2% lhes deixam. Mas quem se importa com isso? Além desses 2% que tudo podem, há mais 8% que estão se esforçando para atingir o "ideal" daqueles 2% que estão "no topo", ou seja: colocar seus filhos numa escola particular melhorzinha (sim, pois a maioria das escolas particulares também são de "mérdia", talvez até pior do que as públicas, a diferença é que lá os professores não faltam...), conseguir um plano de saúde melhorzinho (sim, pois muitos planos de saúde por aí também concorrem para o óbito de seus clientes...), parar de passar as férias em Águas de São Pedro e levar a família passar um mês na Europa ou nos EUA, ou então (o sonho maior do todos) abandonar o apartamento e adquirir uma casa em um condomínio fechado de alto padrão, com monitoramento eletrônico de todas as entradas e saídas, permitindo que seus filhos estejam atrás de "grades" ainda melhor protegidas do que aquelas em que se encontram. Isso tudo, para evitar ao mínimo que sejam assaltados pelos "menores" que escola pública expulsa e enfia nas Febens da vida. Ufa! Como é duro ascender socialmente "nestepaízzz", não é mesmo, caro anônimo? Você já conseguiu sua casa na praia? Ou no campo? Ou na serra?
Boa sorte para ti, meus valores são outros...
Anônimo disse…
Invadir micros é crime, minha senhorinha autoritária
Anônimo disse…
ah tá, então, tá. Já que a democracia ainda não está consolidada no país, já que nem todos podem escolher seus serviços, então é preciso "obrigar" algumas pessoas a usar serviços que elas não querem, como disse o leitor imbecil da folha de São Paulo, com a qual a senhora concorda. Que tal, já que a democracia ainda não existe no país, a gente proibir seu blog de existir, já que ele não serve para nada além de defender deliquentes e jorrar abobrinhas na rede? O dia que a democracia estiver consolidada, aí ele volta. Que tal?

Além de invadir micros (e é melhor a senhora e seus amigos parar, porque o processo vai dar um boa grana pra mim), a senhora não sabe nem o que fala...
Giulia disse…
Caro anônimo,
Invadir micros não é mesmo a minha praia! rsrs
Sou uma "inter-anta", mal sei publicar um post, não fosse a Vera este blog não existiria. E ela fica quietinha no canto dela, porque não concorda com a minha cara de pau, muito menos iria "invadir" micros por aí. Se você está se sentindo "invadido", procure em outras praias.
Além do mais, você não tem um pingo de senso de humor ou de ironia. Aconselho que vá urgente ao médico checar seu fígado! É claro que não queremos obrigar ninguém a fazer o que quer que seja, meu "amigo"! O leitor da Folha teve uma tirada muito inteligente, mas infelizmente poucos são os que conseguem sacar sutilezas...
Seria o mesmo que achar que a blogagem coletiva pedindo "jabá para blogueiros" seria uma coisa séria.
Anônimo disse…
Giulia,

Acho que você não deveria perder tempo com "anônimos". além disso, quem quiser "processar o blog" terá que se identificar. Será que ele tem coragem?

conceito estranho esse de "igualdade":
"todos têm direito de morar debaixo da ponte", ou melhor:
"Todos têm o direito de estudar em escola pública", mas "somente alguns têm o direito de colocar o filho na escola particular e abater estas despesas no Imposto de Renda"!

É isso.

S. Paulo, 08/07/2007
Mauro A. Silva
Movimento COEP
Giulia disse…
Que pena, aqui faltou o comentário da Caroline! Isso que no Brasil certamente não aconteceria - político colocar seus filhos na rede pública de ensino - em certos países do primeiro mundo é de praxe! Na Inglaterra, por exemplo, a ex-ministra da educação foi obrigada a se explicar para a população, porque matriculou sua filha numa escola particular. E ela era EX-MINISTRA... Isto não é ficção, aliás, já publiquei aqui mesmo no blog. Pena que ninguém "enxerga" essas coisas...