Homenagem a Gianfrancesco Guarnieri


O Brasil perde o grande dramaturgo e ator Gianfrancesco Guarnieri, bem mais importante mas menos "global" do que Raul Cortez, outra grande perda desta semana. Já que este blog trata de educação, vamos relatar o que o Estadão publica na data de hoje:

Expulso do colégio com primeira peça


Guarneri aprenderia uma lição importante na sua primeira “tentativa” de escrever uma peça teatral, no colégio de padres Santo Antônio Maria Zacharias, no Rio. A peça chamava-se Sombras do Passado e tinha como “alvo” um vice-reitor prepotente. O “problema” foi que Guarnieri interpretou o personagem principal e, embora a peça tratasse de um tema que nada tinha a ver com o colégio, ele representou tão bem que os alunos reconheceram no prepotente protagonista de uma casa o odiado “vice-reitor” e começaram a gritar seu nome durante o espetáculo. A peça foi muito aplaudida e Guarnieri foi expulso do colégio.

Sem comentários, ou?

Comentários

Serjão disse…
Eu não conhecia este episódio. Engraçado como o acaso protege os pré destinados. Qualquer um desistiria ou seria desestimulado. Um abraço;
Anônimo disse…
Pois é, dizem que essa a a "prova dos nove dos artistas": os grandes não desistem. E o Gianfrancesco Guarnieri foi dos grandes. Eu tive o imenso privilégio de assistir Arena conta Tiradentes, Um grito parado no ar, Conversa de botequim e muitas outras peças escritas por ele, com ele próprio atuando no palco. Por essas dá pra adivinhar minha idade, hein?... Foi uma fase de imensa riqueza do teatro brasileiro, que secou logo depois do fim da ditadura (!).